Na minha vida tive palmas e fracassos
Fui amargura feita notas e compassos
Aconteceu-me estar no palco atrás do pano
Tive a promessa de um contrato por um ano
A entrevista que era boa
E o meu futuro foi aquilo que se viu
Na minha vida tive beijos e empurrões
Esqueci a fome num banquete de ilusões
Não entendi a maior parte dos amores
Só percebi que alguns deixaram muitas dores
Fiz as cantigas que afinal ninguém ouviu
E o meu futuro foi aquilo que se viu
Adeus tristeza, até depois
Chamo-te triste por sentir que entre os dois
Não há mais nada pra fazer ou conversar
Chegou a hora de acabar
Na minha vida fiz viagens de ida e volta
Cantei de tudo por ser um cantor à solta
Devagarinho num couplé pra começar
Com muita força no refrão que é popular
Mas outra vez a triste sorte não sorriu
E o meu futuro foi aquilo que se viu
Na minha vida fui sempre um outro qualquer
Era tão fácil, bastava apenas escolher
Escolher-me a mim, pensei que isso era vaidade
Mas já passou, não sou melhor mas sou verdade
Não ando cá para sofrer mas para viver
E o meu futuro há-de ser o que eu quiser
28.4.10
18.4.10
Marcel Proust
É espantoso como o ciúme, que passa o tempo a fazer pequenas suposições em falso, tem pouca imaginação quando se trata de descobrir a verdade.
Proust,Marcel
Proust,Marcel
Ciume?
Vão decorrendo as horas, vão-se os dias,
Mas como outrora ela não vem. Ciúme?
Olho em redor de mim, meu pobre lume,
São tudo cinzas mortas, cinzas frias.
Bateu o relógio as horas do costume,
E tu não vens, já não te vejo mais...
Dos nossos dias, vivos, triunfais,
Só restam coisas mortas e sombrias.
Não sei que mágoa e dor meus olhos cobre.
Sinto que alguém morreu dentro de mim.
Bate o relógio as horas, como um dobre,
A dizer, a dizer: tudo tem fim.
Vai a tarde a morrer, e um frio imenso
Cai sobre mim como um Pólo de gelo.
Junto de ti, quem estará, eu penso,
A beijar, em silêncio, o teu cabelo?
Nessas tardes, assim, vagas, sensuais,
Eu não quero pensar um só momento.
Se foram minhas, hoje são dos mais...
Deixo-as morrer no frio esquecimento.
Alfredo Brochado, in "Bosque Sagrado"
Mas como outrora ela não vem. Ciúme?
Olho em redor de mim, meu pobre lume,
São tudo cinzas mortas, cinzas frias.
Bateu o relógio as horas do costume,
E tu não vens, já não te vejo mais...
Dos nossos dias, vivos, triunfais,
Só restam coisas mortas e sombrias.
Não sei que mágoa e dor meus olhos cobre.
Sinto que alguém morreu dentro de mim.
Bate o relógio as horas, como um dobre,
A dizer, a dizer: tudo tem fim.
Vai a tarde a morrer, e um frio imenso
Cai sobre mim como um Pólo de gelo.
Junto de ti, quem estará, eu penso,
A beijar, em silêncio, o teu cabelo?
Nessas tardes, assim, vagas, sensuais,
Eu não quero pensar um só momento.
Se foram minhas, hoje são dos mais...
Deixo-as morrer no frio esquecimento.
Alfredo Brochado, in "Bosque Sagrado"
17.4.10
e puff...
aprendi que só damos valor aquilo que temos,quando a perdemos.
isso é tão triste,tão mau.
tenho saudades daquele tempo que já não volta.
sara cabana
isso é tão triste,tão mau.
tenho saudades daquele tempo que já não volta.
sara cabana
7.4.10
insonia
hoje eu nem dormi
a tentar entender...
entre o que eu sinto e o que eu te digo,
o que é feito de nós e o que vai ser.
a tentar entender...
entre o que eu sinto e o que eu te digo,
o que é feito de nós e o que vai ser.
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