24.10.12

rio de raiva



esta canção não é para ti
de nada ia servir tentar
tu não ias querer ouvir
e eu não ia querer falar
sei que a raiva tem razões para existir
nem Deus sabe o ódio que eu de ti guardei
só que eu não matei ninguém
e tu mataste alguém, que eu sei.
não tens nojo de te olhar pela manhã,
e ver no espelho o reflexo do rancor?
julgo haver mais ódio em mim
do que em ti haverá, amor.

pelo homem que eu te vi quebrar no chão
pelos homens que o chão conta que eu não vi
o teu rio vai lavar-te as mãos
mas essa pedra vai virar-se contra, ti.

Eu vi, Mas não agarrei


Não vou procurar quem espero
Se o que eu quero é navegar
Pelo tamanho das ondas
Conto não voltar
Parto rumo à primavera
Que em meu fundo se escondeu
Esqueço tudo do que eu sou
capaz
Hoje o mar sou eu
Esperam-me ondas que persistem

Nunca param de bater
Esperam-me homens que desistem
Antes de morrer
Por querer mais do que a vida
Sou a sombra do que eu sou
E ao fim não toquei em nada
Do que em mim tocou
Eu vi
Mas não agarrei
Parto rumo à maravilha
Rumo à dor que houver pra vir
Se eu encontrar uma ilha
Paro pra sentir
E dar sentido à viagem
Pra sentir que eu sou capaz
Se o meu peito diz coragem
Volto a partir em paz
Eu vi
Mas não agarrei

Meu desejo, É morrer na paz do teu beijo


Da noticias do fundo
Como passam teus dias

E se a razao nos chega para viver
Se amor nos serve amor nao da de comer
Fico melhor assim
Em todo o caso vai pensando em mim
Se tocamos em alguma coisa
Se me chamas por algum motivo
Se nos podem ver
Se nos podem tocar
Meu desejo
É morrer na paz do teu beijo

Sem futuro
É lutar por um beijo mais puro
Eu vou estar sempre aqui
Nada vai mudar
Sinto-te arder no meu fundo
Eu vou estar sempre aqui
Nada vai mudar
Sinto-te entrar no meu mundo fundo
Nós tocamos em algumas coisas
Nós seguimos por alguns sentidos
Se nos podem ver
Nao nos podem tocar
Meu desejo
É morrer na paz do teu beijo
Sem futuro
É lutar por um beijo mais puro