7.2.10

Eugénio de Andrade

Se vens à minha procura, eu aqui estou.
Toma-me, noite,
sem sombra de amargura,
consciente do que dou.

Nimba-te de mim e de luar.
Disperso em ti serei mais teu.
E deixa-me derramado no olhar
de quem já me esqueceu.

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